quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Escravizada



Quem perde um amor facilmente irá entender o que escrevo.                                                                                                    E que em meio à saudade,
embala as lembranças mais sutis dos sentimentos
 e que por esse motivo vive a sentir aprisionado
 por medo de enfrentar a cruel realidade da perda irreparável.
 É uma escravidão de sentimentos e torturas.
 As algemas invisíveis acorrentam tão fortemente
que chegam a machucar a pele até sangrar ,
causando feridas que inutilmente tenta-se sarar.
E as marcas se espalham por todo o corpo que ,
aos poucos , se tornara tão frágil
e o semblante amargurado num sorriso
 que denuncia todo sofrimento
que há em sua alma.
E logo seu rosto é coberto com o véu da solidão
 e segue nos braços da amargura,
 ansiando calar a dor em outros braços que encontre pelo caminho.
 Quando se perde um amor , pouco resta na vida ;
a tristeza e a solidão fazem-se companhia
e as lágrimas não podem ser evitadas ,
os olhos passam a ser fonte de tristezas ,
fazendo assim jorrarem lágrimas para todos os lados...
O sorriso é invadido pelo silencio que sufoca a alma e cala a voz ,
cala o canto que se transforma em pranto,
 pranto de dor e , no agito da alma ,
o que se ouve são soluços e gemidos sufocados e angustiados
 que ficaram presos na garganta
algemada pela tristeza,e solidão .
Tudo se transforma em desalento inundando toda a alma e o coração
 que ,já cansado de pulsar,
clama num grito reprimido para aquela dor parar.

Antonia Albuquerque

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